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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Eleições Gerais de 2022: “Mudança não é só tirar o MPLA do poder” – Filomeno Vieira Lopes

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A comitiva da UNITA, ou melhor, da Frente Patriótica Unida, viajou de Malanje para as Lundas, numa viagem de horas por más estradas. Nas Lundas prestou-se homenagem às vítimas do Cafunfo e Adalberto Costa Júnior voltou aos seus temas de campanha, destacando que não há justiça na terra dos diamantes.

“A mudança não é só tirar o MPLA do poder”, a mudança passa por mudar a forma como se governa, para que o diamantes que saem das Lundas possam beneficiar os povos da Lundas, disse o presidente do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes que, por estes dias, se juntou à comitiva da campanha do número três que quer chegar a número um, Adalberto Costa Júnior, que faz questão de dizer que não é “se a UNITA for poder”, é mesmo “quando a UNITA for poder”.

No Leste, Abel Chivukivuku, o coordenador do projecto PRA-JA Servir Angola, falou do atraso evidentes dos povos das províncias da região, e acusou o actual Presidente de governar a partir do ar condicionado de Luanda e de desconhecer os problemas do povo.

“Quem não sente o sofrimento do povo não pode resolver os problemas do povo”, disse Chivukuvuku, que diz que há um novo colonialismo, o que chama de “colonialismo doméstico”, que acentua as desigualdades entre os angolanos, também por isso, a Frente Patriótica Unida é “uma só equipa de angolanos para angolanos”.

E o “capitão da equipa” é Adalberto Costa Júnior que fez questão de dizer que percorre o país de carro, tem sido assim desde Benguela, passando pela Huíla, Namíbia, Cunene, Huambo ou Bié, e que nesse percurso tem parado muitas vezes para ouvir as populações que têm muita vontade de dialogar com as lideranças do país.

 - portal de angola
A comitiva da UNITA ou melhor da Frente Patriótica Unida viajou de Malanje para as Lundas numa viagem de horas por más estradas Nas Lundas prestou se homenagem às vítimas do Cafunfo e Adalberto Costa Júnior voltou aos seus temas de campanha destacando que não há justiça na terra dos diamantes<br >DR

E nessa viagem de campanha, que os levou ao Cafunfo, depois de uma longa viagem que começou às seis da manhã em Malanje e acabou às cinco da tarde no Cafunfo, foi prestada homenagem, com um minuto de silêncio, aos “heróis” do Cafunfo – em 30 de janeiro de 2021, na vila mineira de Cafunfo, um protesto do Movimento do Protetorado Português da Lunda Tchokwe (MPPLT) terminou em confrontos com a polícia e um número indeterminado de mortos (menos de dez, segundo as autoridades, mais de 20, segundo os partidos da oposição e organizações da sociedade civil) – numa região em que os problemas persistem, “em que há muitos assassinatos, muita violência, muitas injustiças, e são assassinatos, crimes e violência que não são punidos”, disse Adalberto Costa Júnior, para que acrescentar que não se pode construir um país onde não há justiça.

O presidente da UNITA falou de um jovem de 30 anos e de uma mulher de 40 recentemente assassinados sem que haja qualquer tipo de punição para os que perpetraram esses crimes.

Falou ainda dos tempos colonial, quando a Diamang – empresa fundada em 1817 e que operou no país até depois da independência, tendo sido completamente absorvida pela Endiama em 1988 – e quando apesar da notória discriminação havia melhores condições de saúde e outros benefícios da super-estrutura que a Diamang construiu na região.

E é assim nas Lundas com os diamantes e é assim em Cabinda com o petróleo, por isso, o líder da UNITA promete mudar, daí que peça o voto a troco da devolução de mais direitos para os cidadãos.

Dito isto Adalberto voltou aos seus temas de campanha: a alteração da Constituição, a eleição directa do presidente da República e o recorrente tema do ficheiro eleitoral. O presidente da UNITA lembrou que o ministro, que é professor de Direito, ignorou a lei, que a CNE não auditou o ficheiro que o Tribunal Constitucional recebeu e ficou em silêncio, não devolveu para que fosse expurgados os mortos do Ficheiro Informático dos Cidadãos Maiores.

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