O vice-procurador geral da República, Mota Liz, assegurou esta segunda-feira, 11, no velório do antigo Chefe de Estado angolano, que faleceu no passado dia 8, em Barcelona, Reino de Espanha, aos 79 anos, que as filhas de José Eduardo dos Santos, em conflito com a Lei, podem entrar e sair do País nesta fase do óbito.
“É preciso que haja consenso da família para não prejudicar aquilo que é património da Nação. O Presidente José Eduardo dos Santos, apesar de ser da família, é património da Nação e é preciso que haja bom senso da família para não prejudicar aquilo que é da Nação. Nem se prendem pessoas em dias de óbito, a própria Lei exclui essa possibilidade. Mas a prisão não é o remédio, os seres humanos têm de conversar sempre”, disse o vice-procurador geral da República.
Questionado sobre como estão as negociações, Mota Liz assegurou que a PGR está a tratar directamente a questão e que pensa estar em bom caminho.
Já o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, acredita que haverá bom senso da família para que o corpo do ex-Presidente venha para o País.
“A família tem de facto a última palavra neste domínio. Embora seja uma questão de Estado, mas essa matéria não pode passar ao lado da família “, disse o ministro, dizendo acreditar que haverá bom senso da família de “Zédu”.
José Eduardo Dos Santos, que governou Angola entre 1979 a 2017, morreu na passada sexta-feira, 08, na Catalunha, Reino de Espanha, vítima de doença prolongada.
O chefe de Estado, João Lourenço, abriu o livro de condolências com uma mensagem em que reconhece José Eduardo dos Santos como o homem entregou a vida à defesa e independência da soberania nacional.
Neste momento continuam a decorrer as homenagens ao antigo Chefe de Estado angolano no Memorial Dr. António Agostinho Neto.