O executivo angolano anunciou que o desemprego atingiu os 200 mil. Os sindicatos consideram as cifras anunciadas pelo Governo pouco fiáveis, dizem que a falta de emprego afecta mais de 30% da população e cerca de 60% da juventude em idade produtiva está desempregada.
O desemprego em Angola é alarmante, de acordo com o executivo do Presidente, João Lourenço, que anunciou, que o mesmo, atingiu a cifra de mais de 200 mil desempregados no período entre 2017 e 2022.
De acordo com o Ministério do Emprego, Trabalho e Segurança Social, durante o mesmo período, foram criados mais de 400 mil empregos, um número que se aproxima da promessa eleitoral do Presidente João Lourenço, que prometeu 500 mil postos de trabalho durante o seu mandato de cinco anos.
Entretanto, os sindicatos consideram as cifras anunciadas pelo Governo pouco fiáveis, tendo em conta os níveis de desemprego atingidos nos vários ramos de actividade desde a crise económica e financeira que vive o país, nos últimos oito anos.
De acordo com os sindicatos, contactados pela RFI, o desemprego no país é de mais de 30% e cerca de 60% da juventude em idade produtiva está desempregada.
Apesar dos esforços do Governo, o mercado do trabalho informal é a principal fonte de renda da maioria das famílias angolanas e o crescente aumento da pobreza no país é evidente, acrescentaram as fontes sindicais.