A receita bruta com a exportação de 98,3 milhões de barris de petróleo atingiu, no primeiro trimestre deste ano, 10,14 mil milhões de dólares norte-americanos, com um incremento de 29,84%, face ao IV trimestre de 2021.
Deste valor bruto da receita, Angola fica com os revertidos em impostos fiscais pagos ao Estado por via das exportações das operadoras, e dos barris de petróleo que o país tem direito, em mais de 280 mil barris/dia.
Do volume de petróleo exportado, 26,22% é pela Concessionaria, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e 15,54% da petrolífera nacional, a Sonangol.
As restantes quantidades foram exportadas pelas companhias internacionais, a TotalEnergies (12,74%), a Esso (9,56%), a ENI (9,82%), a BP (6,35%), a SSI (6,73%), a Equinor (5,84) e a Chevron (5,80%).
Com o petróleo comercializado ao preço médio ponderado de 103,083 dólares norte-americanos, as exportações caíram 0,21% face ao período homólogo e 0,40%, em relação ao IV trimestre de 2021, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (Mirempet).
O valor mais alto da receita bruta foi registado no mês de Março, com 4,15 milhões de dólares norte-americanos, período em que foram exportados 34, 44 milhões de barris de petróleo bruto.
Preço das ramas em alta
Durante o período em referência, os preços das ramas angolanas e do Brent (referência para as exportações de Angola) tiveram uma tendência altista, segundo o documento apresentando pelo chefe do Departamento de Estudo, Planeamento e Estatística do Mirempet, Yuri Pinto.
O relatório apresentado refere que a média das ramas angolanas foi de 103,083 dólares norte-americanas, com um aumento de 67,14% face ao período homólogo anterior, que foi de 30,36%.
Enquanto isso, o preço médio do Brent Datado foi de 102,233 dólares norte-americanos, no primeiro trimestre. As ramas Dália (10,437%), Mostarda (10,441%), Girassol (9,01%), Clov (7,99%) e Cabinda (7,60%) foram as mais comercializadas.
O preço médio de exportação mais alto foi de 112,243 dólares norte-americanos/barril, registado na rama Cabinda Sul, enquanto que a mais baixa foi de 96,590 dólares norte-americanos/barril na rama Nemba.
Quanto aos destinos, a China mantém na liderança com 63,83%, seguido da Índia com 9,86% e a França com 5,11%, tendo o petróleo angolano chegado também na África do Sul, em Portugal, nos Estados Unidos da América, no Canadá, na Itália, no Reino Unido, na Tailândia, entre outros.
As tempestades de frio nos Estados Unidos da América, que causaram paralisações na produção em alguns campos e diminuição dos stocks; os receios de interrupção da oferta em consequência das tensões entre a Rússia e a Ucrânia; e os ataques dos rebeldes as instalações de armazenamento de petróleo bruto na Arábia Saudita foram principais factores que influenciaram os preços.