O ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, reiterou esta sexta-feira, em Luanda, que 30 por cento da produção nacional será absorvida pela Reserva Estratégica Alimentar (REA).
Ao absorver a produção nacional, abre-se um caminho para estimular o aumento da actividade agropecuária e agroindustrial no país, reforçou o governante, quando falava na 2° edição do Café Diálogo Sem Mediação, evento promovido pelo Centro de Imprensa do Presidente da República (CIPRA).
Victor Fernandes sublinhou que a REA, numa primeira fase, tem disponível 11 produtos e os produtores nacionais podem vender na Reserva Estratégica Alimentar, desde que obedeçam a certos requisitos, como a disponibilização de bens perenes (longos períodos de armazenamento) e de qualidade.
“A REA está operacional desde Dezembro de 2021 e visa, essencialmente, armazenar alimentos, com vista acudir situações de emergência, calamidades e, por último, influenciar a oferta de alguns bens da cesta básica para a redução do preço, em situações de subida vertiginosa”, fez notar.
Dados oficiais indicam que a Reserva Estratégica Alimentar tem já 150 mil toneladas de alimentos armazenados, das 354 mil toneladas de alimentos previstas para a primeira fase em curso, num valor de 250 milhões de dólares.
A meta é atingir 520 mil toneladas de alimentos, para a cadeia de aquisição, armazenamento e distribuição.
O açúcar em saco de 50 quilogramas, arroz (25kg) e caixa de coxa de frango (10kg) compõem os produtos seleccionados nesta etapa do início do projecto, que deverá influenciar a redução dos preços dos produtos em até 5% para o consumidor final.
Aprovado em Janeiro do corrente ano pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, o programa vai garantir a intervenção directa do Estado no preço dos produtos alimentares essenciais da cesta básica, devendo aumentar progressivamente o stock.
A REA, que tem em stock inicial 11 produtos variados, está ser operacionalizado pela Gescesta (entidade estrangeira privada vencedora do concurso público).
Esta entidade está encarregue de adquirir, receber, armazenar e distribuir os produtos para todos agentes do mercado.
A Reserva Estratégica Alimentar envolve o Ministério da Indústria e Comércio e o Entreposto Aduaneiro de Angola.
O stock inicial da Reserva Estratégica Alimentar comporta farinha de milho, de trigo e de mandioca, massango, açúcar, óleo alimentar, feijão, arroz, sal iodizado, peixe seco e frango.