Numa altura em que se aguardam os resultados do último concurso de ingresso dos novos agentes da educação em Angola, na Huíla acaba de ser lançada uma campanha denominada “com positiva não se reprova”.
A iniciativa pertence ao movimento “Só Pedagogia e Didática”, e visa pedir ao governo, a admissão nos próximos concursos da educação de candidatos reprovados com notas positivas.
De acordo com Ndelo Giovani Jorge, responsável pela área de formação do referido movimento, o princípio da igualdade constitucionalmente consagrado no tratamento dos cidadãos está a motivar esta petição ao governo.
“Só a nível da província da Huíla temos municípios que tiveram 90 positivas e só há 20 vagas. Hoje somos nós os estudantes/candidatos que estamos a reclamar amanhã poderá um sobrinho um filho”, disse
Ndelo Giovani Jorge acredita na boa-fé do executivo, com uma possível abertura de uma quota adicional futuramente à semelhança do que aconteceu recentemente com o ministério da saúde.
Matias Ramos, outro integrante da campanha, diz que é elevado o número de candidatos com formação na área das ciências da educação que ficam de fora nos concursos públicos.
Na visão do jovem, a gritante falta de professores que o sector reclama a cada ano lectivo podia encontrar nestes concursos uma janela de oportunidade para tirar mais crianças do sistema de ensino.
“ Sabemos que a nossa ministra é uma mãe e uma mãe sempre tem amor aos seus filhos. Pelo menos que haja enquadramento directo nos próximos concursos”, afirmou
O processo de admissão de novos professores no sector da educação ainda está em curso, de acordo com o cronograma de actividades.
O último concurso da educação prevê admitir em Angola sete mil professores do ensino primário e secundário, em função da última quota disponibilizada pelo Ministério de tutela.