Grande quantidade de produtos agrícolas pode deteriorar-se, na localidade do Luinha, município do Cazengo, devido a interrupção da circulação ferroviária Luanda/Malanje, em consequência do descarrilamento do comboio de combustível do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL), constatou a Angop no local.
A localidade do Luinha, comuna da Canhoca é potencialmente agrícola. Os camponês cultivam, principalmente frutas (banana, limão) e hortícolas.
O comboio de carga e passageiros, que faz duas frequências semanais Luanda/Malanje, às quarta-feira e Luanda/Luínha/Luanda, às segunda-feira, é o principal meio de transporte na localidade .
A via que liga a comunidade à Estrada Nacional (EN) 230, num percurso de 22 quilómetros, precisa de reparação e este facto impede a circulação de viaturas.
Geralmente, transitam por este troço motorizadas de duas e três rodas que em função das condições da via, o percurso de 22 quilómetros, da comunidade até a estrada nacional 230, custa cinco mil kwanzas por passageiro. A viagem de comboio num percurso de aproximadamente 50 quilómetros, Luinha/Ndalatando, custa 1200 por passageiro.
A cidade de Ndalatando e de Malange são áreas preferências para escoamento de mercadorias por alguns comerciantes e agricultores.
Em declarações à Angop, o comerciante António Songo defendeu a reabilitação da estrada para que a comunidade deixe de depender apenas do comboio.
Feliciano Bemba, agricultor de 49 anos, manifestou-se desanimado com o descarrilamento do comboio, situação que o impede de viajar para a província de Malanje, onde tem igualmente um campo agrícola.
O nível de produção agrícola no Luinha aumentou com a integração na comunidade de famílias camponesas provenientes de Luanda, Benguela, Cuanza Sul e Uíge.