A medida, segundo o secretário de Estado americano, visa “fortalecer a sua (Ucrânia) capacidade de se defender contra a agressão não provocada e irresponsável da Rússia”.
O secretário de Estado americano autorizou as nações bálticas da Estónia, Letónia e Lituânia a enviar mísseis antitanques e anti-aéreos fabricados nos Estados Unidos para a Ucrânia, no meio às crescentes tensões da Ucrânia com a vizinha Rússia.
“Eu acelerei e autorizei, e endossamos totalmente as transferências de equipamentos defensivos que os aliados da NATO, Estónia, Letónia e Lituânia disponbilizam à Ucrânia para fortalecer a sua capacidade de se defender contra a agressão não provocada e irresponsável da Rússia”, anunciou Antony Blinken num no Twitter neste sábado, 22.
O chefe da diplomacia americana também agradeceu àqueles países “pelo seu apoio de há muito dado à Ucrânia”.
A aprovação anunciada de Blinken dos carregamentos de armas ocorre um dia depois dele e o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, terem-se reunido em Genebra, mas sem grandes avanços, a não ser a promessa de que as negociações entre Washington e Moscovo vão continuar.
Reunião de Genebra
No final da reunião de sexta-feira, 21, o secretário de Estado americano advertiu, uma vez mais, a Rússia que enfrentará uma “resposta rápida, severa e unida” dos Estados Unidos e aliados se invadir a Ucrânia.
“Fomos claros: se alguma força militar russa atravessar a fronteira da Ucrânia, é uma invasão renovada e será recebida com uma resposta rápida, severa e unida dos Estados Unidos e nossos parceiros e aliados”, disse Blinken em conferência de imprensa em Genebra.
O secretário de Estado americano disse também que Washington concordou em responder por escrito à Rússia depois de Moscovo ter exigido garantias de segurança, incluindo a promessa de que a Ucrânia nunca será aceite como membro da NATO.
“Eu disse-lhe (a Sergei Lavrov) que, após as consultas que teremos nos próximos dias com aliados e parceiros, poderemos compartilhar com a Rússia as nossas preocupações e ideias com mais detalhes e por escrito na próxima semana”, revelou Blinken.
Ele disse ainda que os Estados Unidos tentaram saber se Moscovo está preparado para escolher a diplomacia como meio de reduzir a tensão na região e entre os dois lados.
No encontro, o secretário de Estado americano pediu à Rússia que forneça provas de que Moscovo não tem a intenção de invadir o seu vizinho e que retire cerca de 100 mil soldados que colocou na fronteira.