As imagens que surpreenderam o mundo e marcaram a história da democracia nos Estados Unidos da América (EUA) têm precisamente um ano. A 6 de Janeiro de 2021, o Capitólio era atacado por uma multidão simpatizante de Donald Trump enquanto dentro do edifício era confirmada a vitória de Joe Biden à frente dos destinos do país.
Desde então, cinco pessoas morreram, dezenas foram feridas e muitos dos participantes presos. Esta quinta-feira, diz a Casa Branca, é esperado que Biden assinale a data sublinhando a “responsabilidade singular” do então presidente cessante “Trump pelo caos e pela carnificina a que assistimos”.
As responsabilidades foram apuradas ao longo do ano passado, por duas investigações, uma a cargo de uma comissão de investigação do Congresso liderado pelos Democratas e outra criminal.
Na véspera do aniversário, o Procurador-Geral dos EUA, Merrick Garland, apelou à paciência em relação ao processo de justiça.
“Até hoje, prendemos e acusámos mais de 725 arguidos, em quase todos os 50 estados e no Distrito de Columbia, pelos papéis que desempenharam no ataque de 6 de Janeiro. Nas nossas investigações criminais, não pode haver regras diferentes consoante o partido político ou a filiação de cada um. Não pode haver regras diferentes para amigos e inimigos. E não pode haver regras diferentes para os poderosos e os impotentes”, afirmou.
Também Donald Trump tinha planeado assinalar o aniversário do ataque, mas acabou por cancelar o evento.
O antigo presidente, que caracterizou o assalto à sede da democracia norte-americana como uma “revolução” de “patriotas”, está ainda a ser investigado por suspeitas de ter encorajado e mesmo coordenado aquele que foi já descrito como o pior golpe no Capitólio desde a Guerra de 1812.