O segundo dia do congresso do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) que arrancou na sexta-feira, 3, na cidade da Beira, começou agitado com a organização a ter de fazer uma triagem dos integrantes das 11 delegações provinciais por alegada presença de “infiltrados”.
Os ânimos chegaram a exaltar-se ontem, com alguns delegados a serem impedidos de entrar no centro Nazaré, onde decorre o congresso.
A porta-voz da reunião MDM, Judite Macuácua, minimizou os incidentes em declarações ao jornal O País.
“Deve perceber que é um acto normal. É a primeira vez em que o MDM entra para o congresso numa situação de três candidaturas. Nós, noutros congressos, íamos com um único candidato e, como íamos com um único candidato, a união era para esse candidato. Agora, temos três e cada um tem os seus apoiantes e cada um quer que o seu apoiante passe. Então, acho que é normal. Alguns interpretam como exclusão, mas não é”, afirmou.
Ainda hoje, e depois da verificação das listas, será apresentado o relatório do secretariado do partido, para depois dar-se continuidade aos trabalhos.
A eleição do novo presidente do partido deve acontecer ainda hoje.
Concorrem à sucessão do fundador e único presidente do MDM Daviz Simangp, falecido em Fevereiro por doença, Lutero Simango, chefe da bancada parlamentar, José Domingos, secretário-geral e Silvério Ronguane, deputado.