O Presidente da República defendeu, esta terça-feira, que deve ser reposto o uso obrigatório de máscara na rua, mas remeteu a decisão sobre as medidas a adotar para conter a propagação da covid-19 para depois da reunião no Infarmed.
Em declarações aos jornalistas junto ao Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, questionado sobre as medidas a adotar face ao crescimento do número de casos e de mortes por covid-19 em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que se deve “esperar pela reunião do Infarmed” com especialistas, marcada para sexta-feira.
Questionado, depois, se entende que deve ser retomado o uso obrigatório de máscara na rua, o chefe de Estado respondeu: “Isso, claro, isso é evidente”.
Marcelo Rebelo de Sousa realçou que atualmente o número de casos de infeção pelo novo coronavírus, “1500, 1600, 1700”, e o número de mortes por covid-19, “inferior a 20”, são inferiores aos de há um ano, quando se registavam “80 e tal mortes” e “cinco mil a seis mil” casos por dia.
“Portanto, vamos ponderar calmamente, serenamente. Temos uma vacinação que não tínhamos. E depois se atuará em conformidade”, afirmou.
Interrogado sobre as medidas que podem ser adotadas sem recurso ao estado de emergência, aconselhou: “Vamos esperar”.
O Presidente da República falava aos jornalistas antes de assistir ao concerto de abertura oficial das comemorações do centenário do nascimento do escritor José Saramago.
O primeiro-ministro, António Costa, convocou para sexta-feira, às 15 horas, uma nova reunião de políticos com especialistas no auditório do Infarmed, em Lisboa, sobre a situação da covid-19 em Portugal. A anterior destas reuniões realizou-se há dois meses, em 16 de setembro.