O Banco de Fomento Angola (BFA) foi a instituição bancária contratada para apoiar a Sonangol na privatização dos 51% que a petrolífera nacional detém na Sonangalp, uma joint venture que constituiu em 1994 com a portuguesa Galp.
Segundo uma nota do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), esta contratação do BFA foi feita por concurso limitado por convite para a aquisição de Serviços de Distribuição de Valores Mobiliários tendo em conta que “a Sonangalp será privatizada por via de uma Oferta Pública Inicial (OPI)” na qual participam “instituições que cumprem os requisitos para operações em mercados regulamentados” e que foram previamente qualificadas e convidadas para este concurso.
O BFA vai estar nesta operação em parceria com a Ernst & Young (“EY”) e a CKA & Associados e a Linklaters, cuja responsabilidade será apoiar a Sonangalp, Lda. na estruturação, avaliação, divulgação, identificação de investidores e venda das acções da Sonangalp.
O IGAPE informa ainda que a privatização da parte do Estado na Sonangalp será realizada através de uma OPI antecedida de um processo de reorganização societária, patrimonial e financeira, due diligence e avaliação da empresa, como é exigido por lei.
“A selecção do BFA como intermediário financeiro teve em consideração o facto de ser um dos bancos estruturantes do sistema financeiro angolano, sólido e com vasta experiência em Banca de Investimento”, explica ainda o IGAPE.
A Sonangalp, Lda. é detida maioritariamente, 51%, pela Sonangol, pertencendo os restantes 49% à portuguesa Galp Energia, sendo a sua actividade estruturante a distribuição de combustíveis e lubrificantes.
Esta empresa conta com cerca de 250 trabalhadores e 11 postos de abastecimento e uma base logística em Angola, contando com uma carteira de clientes que chega aos 300, principalmente na indústria, construção e transportes.