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Sábado, Novembro 23, 2024

Presidente sul-africano prolonga presença militar em Moçambique por mais três meses

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O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa confirmou a permanência por mais três meses dos 1.495 militares destacados para Moçambique e que integram a missão da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, SAMIM, nas siglas em inglês.

O contingente foi inicialmente enviado no final de Julho para a província de Cabo Delgado por um período de três meses.

Entretanto, a 5 de Outubro, a troika da SADC aprovou a extensão do período da missão, sem, no entanto, indicar a data do fim da estada das tropas em Moçambique.

Uma carta do Presidente sul-africano, datada de 15 de Outubro, enviada ao presidente da Assembleia Nacional, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, e aparentemente entregue na reunião do Comité Permanente Conjunto de Defesa nesta sexta-feira, 29, confirma a extensão por mais três meses.

“Alarguei a missão dos 1.495 membros da SANDF para o serviço, no cumprimento de uma obrigação internacional da África do Sul para com a SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), a fim de apoiar Moçambique no combate a actos de terrorismo e de extremistas violentos que afectam a província de Cabo Delgado”, lê-se na carta do Presidente Cyril Ramaphosa, citada pelo portal Defenceweb.

De acordo com o documento, a extensão da “Operação Vikela”, como é chamada na África do Sul, deve custar cerca de 64,5 milhões de dólares, mas não há qualquer indicação sobre a fonte de financiamento desta despesa.

África do Sul, Botswana, Lesoto, Tanzânia e Angola enviaram tropas para a SAMIM que estão no terreno juntamente com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e um contingente de quase dois mil militares do Ruanda a combater a insurgência que, desde Outubro de 2017, provocou mais de três mil mortes e cerca de 850 mil deslocados.

As forças conjuntas têm anunciado vitórias no campo militar e garantem que os deslocados começam a regressar às suas áreas de residência.

No entanto, como a VOA tem noticiado, vários deslocados ainda têm medo de regressar e as infraestruturas destruídas não começaram ainda a ser reerguidas.

O Governo aprovou um plano de 300 milhões de dólares para a recuperação das áreas atingidas e apoios aos deslocados e assegurou que metade daquele valor está assegurada.

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