A Noruega “tem promovido” a adesão de Angola à iniciativa para a Transparência das Indústrias Extrativas, plataforma que deve concorrer para melhor gestão na exploração dos recursos naturais angolanos, anunciou hoje fonte diplomática do país europeu.
Segundo o embaixador da Noruega em Angola, Kikkan Haugen, a plataforma, no âmbito das melhores práticas empresariais, vai “congregar o Governo angolano, setor privado e a sociedade civil para promover e apoiar uma melhor governança na exploração dos recursos”.
“Ficamos satisfeitos em ver os passos que têm sido dados para a adesão de Angola a este padrão internacional, que confirma o compromisso das autoridades angolanas com o aumento da transparência”, afirmou hoje o diplomata europeu.
Kikkan Haugen falava hoje, em Luanda, na abertura de um “Fórum sobre Empresas e Direitos Humanos Angola-Noruega” promovido pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos (MJDH) e a missão diplomática que representa em Angola.
A secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania de Angola, Ana Celeste Januário, deu conta, na ocasião, que o país está em processo de adesão à iniciativa de Transparência nas Indústrias Extrativas e que uma comissão nacional de coordenação foi já criada.
Angola e Noruega “têm uma longa história de cooperação nas mais diversas áreas e domínios e os direitos humanos representam uma das áreas mais importantes da cooperação”, frisou o embaixador da Noruega em Angola.
Diálogo, formação e partilha de experiências constituem os eixos da cooperação, iniciada em 2013, entre Angola e Noruega no capítulo dos direitos humanos, pelo que o fórum, referiu Kikkan Haugen, se enquadra no âmbito da partilha de experiências.
“Acreditamos que atividades como esta representam uma situação de “win-win”, isto é, uma situação em que todos ganham. Porque as empresas norueguesas promovendo estes princípios, proteção dos direitos humanos e transparência, estão a contribuir para a promoção de valores e práticas que estão no topo das prioridades do Governo angolano”, apontou.
Empresas angolanas, norueguesas, diplomatas, técnicos do MJDH e outros participam neste fórum que decorre na capital angolana.