Dez anos desde que Moamer Kadhafi foi morto pelos rebeldes líbios, o país do norte da África ainda luta para sair da violência provocada por sua queda.
Um cessar-fogo de um ano e um processo de paz liderado pela ONU mal esconderam divisões profundas, mas analistas esperam que as próximas eleições resolvam a crise.
Kadhafi governou a Líbia com punho de ferro por 42 anos após um golpe de estado em 1969 contra a monarquia, retratando-se como um herói revolucionário, árabe e africano, enquanto esmagava impiedosamente toda a oposição.
Desde a morte de Gaddafi, a Líbia se dividiu em linhas regionais e ideológicas, com uma variedade de milícias mafiosas e os seus apoiantes estrangeiros disputando o controlo do país rico em petróleo.
“A razão pela qual permanecemos apegados ao antigo regime é que os acontecimentos de Fevereiro de 2011 (início da revolta) só trouxeram guerras, desolação, divisões e ataques à soberania do nosso país”, disse Fathi al-Ahmar, um engenheiro.
O cessar-fogo acordado em Outubro de 2020 continua em vigor e o Governo de Unidade Nacional continua a ser o único governo da Líbia.
A eleição presidencial está marcada para 24 de Dezembro e as eleições legislativas em Janeiro
“A nossa postura permanece a mesma. Aguardamos a remoção das restrições políticas e legais ao Seif al-Islam, para que possamos apoiá-lo”, disse Ahmed Abu Hriba, jornalista.
As próximas pesquisas parecem feitas sob medida para uma proposta do homem forte militar Khalifa Haftar e foram aprovadas durante uma acção que muitos dos seus oponentes dizem ter ignorado o devido processo.