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Domingo, Novembro 24, 2024

Activistas denunciam agressões policiais em Benguela e Kamalata Numa diz que Presidente da República tem medo

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Manifestações por eleições justas e transparentes em Angola, 48 horas após a anulação do congresso que conduziu Adalberto Costa Júnior à liderança da UNITA, movimentaram as cidades de Benguela e do Huambo, no último final de semana, com detenções e apelos à vigilância em 2022.

Se em Benguela, numa manifestação marcada por violência, a Polícia Nacional deteve oito activistas, que dizem ter sido agredidos numa cela, no Huambo, em ambiente tranquilo, o general Abílio Kamalata Numa falou do que julga ser medo de João Lourenço no duelo com um jovem político.

Divergências em torno do trajecto para uma marcha que tinha luz verde do Governo Provincial de Benguela ditaram as detenções, levadas a cabo, como conta o activista Gabriel Kundy, pela Polícia de Intervenção rápida (PIR).

“Escorraçaram do Liceu, os activistas tiveram de atravessar para manifestar e assim começaram as detenções, foram oito levados pela PIR para a primeira esquadra e Comando Municipal. Foram submetidos a pancadarias e, no final, postos em liberdade”, conta, antes de ter recordado que “a manifestação foi autorizada”.

A VOA não conseguiu obter a versão do porta-voz do Comando Provincial da Polícia, Ernesto Chiwale.

Já no Huambo, numa marcha promovida pela UNITA, também em nome de eleições transparentes, o general Abílio Kamalata Numa deu como certa uma vitória nas legislativas do próximo ano.

“Estou aqui em representação do presidente Costa Júnior para dizer que em 2022 nós tiraremos Angola do raquitismo político, vamos ajudar o MPLA a ser republicano, deixar de ser feudal e raquítico”, criticou o antigo candidato à presidência da UNITA no congresso de 2019.

“O seu Presidente tem medo de um jovem como Adalberto, mas João Lourenço, ao aceitar ser Presidente, representa milhares de angolanos, por isso tem de ter peito, tem de ser homem …”, acrescentou Numa.

Várias províncias angolanas têm vindo a acolher, há três semanas, manifestações por eleições justas e transparentes, com a organização a contestar o não apuramento dos resultados nos círculos municipal e provincial, conforme defende o partido no poder.

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