Não são os três de origem norte-americana, mas trabalham actualmente nos Estados Unidos, o prémio, numa espécie de 1+2, foi atribuído a Card em economia do trabalho e à dupla Angrist/Imbens pelos seus contributos para a análise das relações causa/efeito. No entanto, o trabalho dos três está relacionado.
Todos os três vencedores vivem nos Estados Unidos, mas nem todos nasceram norte-americanos. Card, que nasceu no Canadá, trabalha na Universidade da Califórnia, em Berkeley; Angrist, nascido nos Estados Unidos, está no MIT; e Imbens, nascido nos País Baixos (Holanda), está na Universidade de Stanford.
“Descobrir relações causais é um grande desafio”, disse Peter Fredriksson, presidente do comité do prémio, que explica que “às vezes, a natureza ou as mudanças políticas estão na origem de situações que se assemelham a experiências aleatórias” que levam grupos de pessoas a serem tratados de forma diferente em condições semelhantes, e também por isso “os laureados deste ano mostraram que essas experiências ajudam a responder a questões importantes para a sociedade.”
Quanto a Card, o que sabemos é que desafiou a sabedoria convencial em economia do trabalho – incluindo a ideia de que salários mínimos mais altos levam a menos empregos. E tem sido autor ou co-autor de estudos nesse sentido, num deles foi usada a fronteira geográfica natural entre Nova Jersey e a Pensilvânia para testar o efeito de uma mudança no salário mínimo. Comparando os resultados entre os estados, a pesquisa descobriu que o emprego em restaurantes de fast food não foi afectado por um aumento do salário mínimo em Nova Jersey, usando algumas das metodologias de Angrist e Imbens.
O prémio, formalmente designado por Prémio Sveriges Riksbank em Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, foi concedido 53 vezes desde 1969.