O Comité do Nobel da Noruega atribuiu o prémio Nobel da Paz aos jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitry Muratov, da Rússia, devido aos “seus esforços para salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma pré-condição para a democracia e uma paz duradoura”.
O presidente do órgão, Berit Reiss-Andersen, destacou a “sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia”.
Em comunicado, o comité disse que a jornalista filipina Maria Ressa foi reconhecida “pelo seu uso destemido da liberdade de expressão para expor o abuso de poder, o uso da violência e o crescente autoritarismo no seu país natal”.
Como jornalista investigativa e co-fundadora da empresa de mídia digital Rappler, Ressa concentrou a atenção da crítica na polémica campanha antidrogas do Presidente Rodrigo Duterte.
O jornalista russo Dmitry Andreyevich Muratov, por seu lado, foi reconhecido pela sua defesa “durante décadas da liberdade de expressão na Rússia, sob condições cada vez mais difíceis”.
Em 1993, foi co-fundador do jornal independente Novaya Gazeta e é seu editor-chefe desde 1995.
O comité acrescentou que “o jornalismo baseado em factos e integridade profissional do jornal o tornaram uma importante fonte de informações sobre aspectos questionáveis da sociedade russa”.