Movimento Independentista de Cabinda, a quem os activistas pertencem, tem feito campanha pelo boicote das eleições em Cabinda em 2022
Dois activistas pertencentes ao Movimento Independentista de Cabinda terão sido detidos na madrugada de 6 de Outubro, numa acção conduzida pela polícia de investigação criminal.
Em notas publicadas nas redes sociais, os activistas do Movimento Independentista de Cabinda denunciaram que o clima de detenções sistémicas e arbitrárias regressou a Cabinda com a detenção pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) dos activistas António Ntuma e Alexandre Dunge, membros do grupo separatista que luta pela autodeterminação do enclave.
MIC Denuncia detenções arbitrárias de activistas em Cabinda
De acordo com o presidente do MIC, Carlos Vemba, “os activistas foram detidos em separado e levados para locais incertos”.
As detenções segundo Carlos Vemba estão a ser “motivadas na sequência da campanha promovida pelo MIC para boicotar as eleições no enclave angolano”.
Para Vemba, a campanha de boicote às eleições de 2022, é uma forma de transmitir as autoridades angolanas sobre a necessidade de se promover o diálogo para a resolução da questão de Cabinda.
Carlos Vemba disse não temer por mais detenções e “promete responder às autoridades com manifestações” nas ruas de Cabinda.