O secretário-geral da UNITA, Álvaro Chikwamanga Daniel, afirmou que o partido está tranquilo quanto à notícia avançada pela TV Zimbo e demais órgãos públicos de informação em Angola da anulação pelo Tribunal Constitucional (TC) da eleição, no congresso de Novembro de 2019, do presidente líder do partido, Adalberto Costa Júnior
Ao falar a jornalistas nesta-feira, 5, no Lubango, após uma visita de trabalho às províncias da Huíla, Namibe e Cunene, Daniel mostrou-se confiante e disse preferir aguardar pela notificação do TC.
“Nós não estamos com a informação que está a ser veiculada. Até vou dizer-vos, um jornalista interrogado sobre qual seria a fonte a TPA disse que recebeu de uma fonte anónima, a TV Zimbo disse que recebeu da TPA, a informação da Rádio Nacional cita a TV Zimbo como sendo a sua fonte. O problema que se coloca de onde vem a informação?”, apontou o secretário-geral do partido do “galo negro”.
Álvaro Chikwamanga Daniel referiu-se ainda a um “conjunto de situações para tentar anular o impacto da manifestação da UNITA” e, sublinhou que “estamos a viver o mesmíssimo cenário”.
Nesse sentido, ele afirmou estranhar o facto de a notícia sair no dia da proclamação da Frente Patriótica Unida (FPU).
“A proclamação da Frente foi tão impactante que o melhor que pode acontecer é criar esse estado de espírito nas pessoas para tentar abafar o efeito do programa que ocorreu hoje”, concluiu o secretário-geral da UNITA.
Na base dessa decisão, ainda por confirmar oficialmente do TC, está um processo enviado ao tribunal por parte de alguns militantes da UNITA que acusaram Adalberto da Costa Júnior ter dupla nacionalidade, angolana e portuguesa, quando foi eleito.
Em resposta, em muitas ocasiões, Costa Júnior refutou as acusações e garantiu que renunciou à nacionalidade portuguesa antes do congresso de Novembro de 2019.