Os preços do petróleo seguem a valorizar nos mercados internacionais, com o Brent, negociado em Londres, próximo dos 80 dólares por barril – máximo nos últimos três anos -, e as reservas da matéria-prima continuam a diminuir e a procura a aumentar. O furação Ida continua a fazer sentir os seus efeitos no sector petrolífero
O Brent do mar do Norte, transacionado em Londres, segue a valorizar 1,81% para 79,50 dólares por barril. O WTI, em Nova Iorque, segue a subir 1,85% para 75,36 dólares.
A suportar os preços da matéria-prima estão as melhores perspectivas para a procura, num momento em que a economia global continua a recuperar, e os inventários continuam a diminuir.
Apesar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados terem concordado em aumentar a produção, os analistas consideram que esse aumento está a ser feito muito lentamente, há países, como Angola ou a Nigéria, que estão com dificuldades em responder à parte que lhe cabe na produção.
A OPEP+ tem uma reunião agendada para 4 de Outubro, ou seja, na próxima semana, para reavaliar a sua estratégia, depois de ter concordado 400 mil barris por mês até Setembro de 2022.
E eis que a suportar as cotações está também uma nota de research do Goldman Sachs para o “ouro negro”. O banco de investimento subiu as suas previsões para a matéria-prima, com o seu target para o Brent a subir de 80 para 90 dólares por barril. O departamento de análise financeira do banco antecipa um aumento da procura de 4,6 milhões de barris por dia, em média, até ao final do ano, com grande parte do aumento a ocorrer nos próximos três meses.
Os especialistas justificam a melhoria de avaliação com a acelerada recuperação da procura e o furacão Ida, que afectou a produção e reduziu as reservas da matéria-prima.
O Goldman Sachs explica que já mantinha uma visão positiva para o petróleo, mas a procura global, após a pandemia, surpreendeu positivamente os especialistas, isto ao mesmo tempo que o furacão Ida veio reduzir os stocks.