Cerca de um mês depois do arranque do ano lectivo no ensino geral na província angolana da Huíla, várias escolas construídas no âmbito do Plano Integrado de Intervenção Municipal (PIIM) estão sem funcionar por falta de professores.
Do interior da província são vários os relatos que chegam sobre escolas construídas e entregues, mas que nem chegaram a abrir por falta de professores, como é o caso de quatro estabelecimentos no município de Chicomba.
Na localidade de Chikunku, no município de Quipungo, pais e encarregados de educação estão preocupados com a situação para a qual apelam para a mudança do quadro da parte das autoridades.
“No ramo da educação notámos o fecho de algumas escolas por falta de professores, isto é, na parte sul da comuna e Namangóngua área desmembrada da Cacula”, disse um residente local.
O défice de professores face à demanda é uma constatação há muito reconhecida pelas próprias autoridades e que tende a agravar diante do aumento da rede escolar por via do PIIM.
O ensino geral na província da Huíla tem perto de 20 mil professores, número que pode subir ainda no decurso do presente ano com a previsão do concurso público de admissão de novos agentes.
Para o Sindicato dos Professores (Sinprof) na Huíla os investimentos no sector da educação precisam de ser revistos se o país quiser ter um ensino de qualidade.
“Um indicador para aferir se as condições melhoraram ou não é só olhar para o orçamento adjudicado ao sector da Educação e mostra claramente aquilo que devia ser o empenho ou não do Governo em relação ao sector da educação”, afirmou disse o secretário provincial João Francisco.