A Polícia Nacional de Angola (PN) deteve 10 activistas na cidade do Uíge uma hora depois de terem iniciado uma marcha contra o elevado índice de desemprego, o alto custo de vida e o que chamaram de falta de cumprimento das promessas de João Lourenço na campanha eleitoral de 2017.
Depois de cinco horas nas celas da PN, os manifestantes foram libertados, segundo disse à VOA, António Fernandes, que esteve em contacto com os activistas.
“A polícia não lhes bateu, mas fizeram ameaças psicológicas, como se continuarem com os protestos muitos podem perder a vida”, contou Fernandes.
A PN, ainda segundo a mesma fonte, “a polícia não lhes devolveu os telefones e as mochilas”.
Fernandes acrescentou que a PN alegou que um dos organizadores da marcha, Zonda Pedro, estava a “transportar produtos inflamáveis, que poderiam causar incêndios nas ruas e que era Dia do Heroi Nacional António Agostinho Neto”.
A VOA contactou o Serviço de Investigação Criminal (SIC) e a PN, mas não obteve resposta.