Grupo Sonangol apresentou um resultado operacional negativo na ordem dos 437,0 mil milhões Kz. Petrolífera limpa balanço e reconhece quase 2 biliões Kz em imparidades. Em ano de Covid-19, as vendas caíram para metade, enquanto a prestação de serviços caiu 12%.
A queda em 51,3% das vendas para 5.797,1 milhões USD face a 2019 e o reconhecimento de perdas por imparidades relativas a investimentos financeiros e créditos de cobrança duvidosa estão na base daquele que é o maior prejuízo da história da Sonangol, que fechou as contas de 2020 com resultados líquidos negativos na ordem dos 4.129 milhões USD, o que compara com os quase 125 milhões de lucros registados no exercício de 2019.
Em Kwanzas, a petrolífera nacional, que desde Maio de 2019 deixou de contar com as receitas da concessionária – entregues à ANPG – fechou o ano passado com prejuízos de quase 1,2 biliões Kz.
Apesar de a Sonangol apontar no relatório e contas 2020 que os prejuízos rondaram os 3 mil milhões USD, basta fazer os cálculos para apurar que o afundanço foi bem maior. Até porque, dizem as regras do “economês”, para encontrar os valores dos resultados em dólares deve ser usada a taxa de câmbio média anual. Contas feitas são 4.129 milhões USD, o que, segundo os especialistas do sector, representa o maior prejuízo da história da empresa estatal, que durante anos foi a “galinha dos ovos de ouro” do Estado. Em 2020, o grupo apresentou um resultado operacional negativo na ordem dos 437,0 mil milhões Kz.
Os resultados operacionais são a diferença entre proveitos e custos. Como os custos foram reduzidos em 2020, beneficiando, por exemplo, da transferência de 600 trabalhadores para a ANPG, a apresentação de um resultado operacional negativo resulta de uma descida a pique das receitas em ano de Covid-19.