O anúncio da morte do líder do autodenominado Estado Islâmico no Grande Saara foi feito, esta madrugada, pelo Presidente francês Emmanuel Macron. Esta quinta-feira, em entrevista à RFI, a ministra da Defesa, Florence Parly, precisou que isso aconteceu “há algumas semanas”.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na madrugada desta quinta-feira, no Twitter, que o líder do grupo terrorista “Estado Islâmico no Grande Saara” (EIGS), Adnan Abu Walid Sahraoui, foi “neutralizado” por forças militares francesas. Emmanuel Macron acrescentou que este é “um grande sucesso” da operação antiterrorista francesa Barkhane no Sahel.
Esta manhã, em entrevista à RFI, a ministra da Defesa, Florence Parly, disse que o ataque que resultou na morte do número 1 do EIGS aconteceu “há algumas semanas”.
“É um ataque que aconteceu há algumas semanas e hoje estamos certos que era mesmo o número 1 do EIGS”, afirmou a ministra, saudando “um grande sucesso” do exército francês.
“Quando se atinge um elo essencial, desorganiza-se e enfraquece-se estes grupos terroristas”, continuou Florence Parly, indicando que os números 2 e 3 do Estado Islâmico no Grande Saara também foram “neutralizados” na Primavera e no mês de Julho.
“Adnan Abou Walid al-Sahraoui era o líder terrorista que procurávamos na medida em que era um chefe incontestado, autoritário e sem outro concorrente no seio do EIGS. Foi ele quem ordenou o ataque no Níger em Agosto de 2020 e o assassínio de seis trabalhadores humanitários franceses da associação Acted e do seu guia”, sublinhou.
O autodenominado Estado Islâmico no Grande Saara foi criado em 2015 por Adnan Abou Walid al-Sahraoui, antigo membro da Frente Polisário, depois membro da Al-Qaida no Magrebe Islâmico. Ele tinha sido apontado como “inimigo prioritário” no Sahel durante a cimeira de Paul, no sudoeste de França, em Janeiro de 2020.
Ele é considerado como o responsável da maior parte dos ataques na região das “três fronteiras”, a zona que abarca o Mali, o Níger e o Burkina Faso.
No passado mês de Junho, o Presidente francês anunciou uma redução da presença militar francesa no Sahel e o fim da operação Barkhane, depois de oito anos no terreno, contra um dispositivo mais centrado nas operações de contraterrorismo.