Depois da compra de 6 milhões de doses da vacina russa por 111 milhões USD, o Presidente da República voltou a dar autorização, por ajuste directo, para a compra de 10 milhões de doses da vacina chinesa por 88 milhões de dólares. Nenhuma das duas vacinas estão ainda reconhecidas pelos principais reguladores mundiais, como a FDA, a autoridade do medicamento norte-americana, ou a EMA, o regulador europeu.
O país vai comprar 10 milhões de doses da vacina chinesa Sinopharm por 88 milhões USD, valor abaixo dos 111 milhões de dólares anunciados para a compra de 6 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, autorizadas no passado mês de Março.
Segundo o Despacho Presidencial n.º 150/21, de 7 de Setembro, os 88 milhões USD para a compra da vacina chinesa contra a Covid-19, por ajuste directo, contemplam também os serviços logísticos e equipamentos.
Embora se desconheça o valor real de quanto vai custar cada dose, as vacinas chinesas vão ficar mais baratas que as vacinas russas que, na altura do anúncio da compra, gerou alguma controvérsia na sociedade. Tudo porque, quando foi anunciado o início da comercialização da Sputnik V, o RDIF (Fundo de Investimento Directo Russo), proprietário da vacina, indicou que a sua vacina seria comercializada abaixo dos 10 USD. Mas pelo valor (111 milhões USD) que Angola vai pagar pelas 6 milhões de doses, cada uma ficaria a 18,5 USD. No entanto, este preço é muito superior às da vacina chinesa, já que em média cada uma custará cerca de 8,8 USD.
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Grupo Mitrelli factura 19 milhões em três meses
O Grupo Mitrelli, um conglomerado empresarial de origem israelita que se estende por diversos sectores (telecomunicações, agricultura, saúde), foi o principal fornecedor do Estado no combate à Covid-19 durante o último trimestre de 2020. A empresa facturou cerca de 19 milhões USD (12,4 mil milhões Kz) em dois contratos. O grupo entregou ao Estado dois hospitais de campanha, com 200 camas cada, por 10,6 mil milhões Kz.