O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, garantiu hoje, sábado, que as eleições gerais irão, de facto, ocorrer em 2022, conforme agendado, contrariando deste modo, alguns políticos da oposição cépticos sobre a realização das eleições na data prevista.
Diniz Kapapelo
Depois de visitar as obras da futura sede da Comissão Nacional Eleitoral, o Presidente da República falou aos jornalistas sobre dois temas da actualidade, nomeadamente as alegações de alguns políticos da Oposição segundo as quais o debate sobre a possível nova divisão político-administrativa do país é um expediente encontrado pelo Executivo para adiar as eleições gerais do próximo ano e o ruído à volta da nomeação da nova Juíza Presidente do Tribunal Constitucional.
O Chefe de Estado disse não fazer qualquer sentido interligar a realização de eleições com a ideia de se modificar a estrutura administrativa do país, que nem sequer ainda se sabe quando se concretizará. Questionou se terá alguma lógica construir obras da envergadura da CNE para deixá-la amanhã sem qualquer utilização. “Se estamos a criar condições materiais para as eleições, é porque queremos e vamos realizá-las”, assegurou.
Sobre a escolha da antiga Secretária de Estado do MAT, Laurinda Cardoso, para dirigir o Tribunal Constitucional, o Presidente da República desafiou aos que criticam a decisão a apontarem aonde foi que o Chefe de Estado desrespeitou a Constituição da República ou qualquer outra lei.