Chefes da diplomacia dos dois países reúnem-se hoje em Washington, três dias antes do encontro entre Joe Biden e o primeiro-ministro iraquiano
A Administração Biden e o Governo do Iraque esperam chegar a um acordo nesta sexta-feira, 23, em Washington para o fim da missão de combate dos EUA naquele país, disse à VOA o ministro iraquiano das Relações Exteriores
Fuad Hussein reiterou no entanto que os dois governos manter-se-ão engajados na luta contra o Estado Islâmico.
“Na minha opinião, chegaremos a um acordo na sexta-feira e então será anunciado que as forças de combate – estou falando sobre as forças de combate – não permanecerão no Iraque”, afirmou Hussein.
As conversações na capital americana acontecem três dias antes de uma reunião na segunda-feira, 26,entre o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kadhimi, na Casa Branca.
Os dois têm na agenda uma ampla gama de tópicos, incluindo cooperação em questões políticas, económicas, de segurança e culturais.
Hoje, o ministro iraquiano das Relações Exteriores encontra-se com o seu homólogo americano, o secretário de Estado, Antony Blinken, com quem, segundo ele, vai abordar “uma série de questões, incluindo petróleo, energia, electricidade, gás, cultura, saúde, militar e segurança, e finanças”.
Questionado sobre a ameaça representada pelo grupo do Estado Islâmico, Hussein disse que “naturalmente, o sector militar e de segurança será um assunto importante na conversa (porque) América e o Iraque foram aliados e permanecerão aliados contra o Estados Islâmico”.
O chefe da diplomacia iraquiana acrescentou que “o que era chamado de Estado Islâmico foi destruído e, desde então, deixou de ser uma organização proprietária de um Estado para se tornar uma organização terrorista e a assistência contra o Estado Islâmico manter-se-á”.
A secretária de Imprensa da Casa Branca afirmou na quinta-feira, 22, que o “o apoio dos Estados Unidos deve continuar” e que será o ponto principal da conversa entre Biden e al-Kadhimi.
“O Governo deles solicitou apoio contínuo dos Estados Unidos e da coligação para treinar e capacitar as suas forças em logística, partilha de informações de inteligência e noutras áreas de cooperação de segurança”, sublinhou Jen Psaki, numa resposta escrita à VOA.