Empresa de “marketing” que recebeu 1,3 milhões de euros do SLB foi criada dois meses depois de assinar contrato.
Luís Filipe Vieira, que pode ver-se livre da prisão domiciliária com a prestação de caução de três milhões de euros, no âmbito da Operação Cartão Vermelho, está a braços com outra investigação em que também é suspeito de crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Em causa estão alegadas prestações de serviços fictícios, envolvendo uma empresa de informática e outra de “marketing”, que receberam, respetivamente, 1,8 e 1,3 milhões de euros dos cofres do Benfica. A investigação, conhecida como o caso do “saco azul”, é conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e estará prestes a ser concluída pela Polícia Judiciária e Autoridade Tributária (AT).
Tal como na Operação Cartão Vermelho, em que Vieira está indiciado por desvios de 2,5 milhões de euros ao Benfica – através de um esquema de comissões fictícias em cumplicidade com o agente Bruno Macedo -, no “saco azul”, o autossuspenso líder encarnado também é suspeito de lesar os cofres da SAD.