Num relatório publicado no início de Julho, Washington evoca a cumplicidade de diplomatas estrangeiros no tráfico de seres humanos no Senegal e faz uma avaliação mista dos esforços feitos por Dakar para conter os crimes de trabalho forçado.
O Senegal está a fazer o suficiente para proteger as vítimas do tráfico humano e do tráfico sexual? O Escritório do Departamento de Estado dos Estados Unidos para o Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas divulgou um relatório avaliando as medidas tomadas pelas autoridades para combater o fenómeno. “O governo não cumpre integralmente os padrões mínimos para a erradicação do tráfico”, estabelece o documento, que no entanto se refere aos “esforços significativos” desenvolvidos pelo Senegal.
A maior parte dos casos identificados correspondem, na verdade, à exploração de jovens nas chamadas daaras, onde crianças e jovens são abusados e obrigados a mendigar, sem receber formação e instrução religiosa suficiente. Um problema abordado desde 2005 por uma lei que ainda luta para ser aplicada, e por um programa nacional de retirada de jovens das ruas, cuja fase três foi implantada em 2020.