25.6 C
Loanda
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Ministro guineense expulsa polícias acusados de torturar activistas

PARTILHAR
FONTE:VoA

Três polícias obrigaram três jovens a tomar banho numa poça de água suja, depois de terem sido espancados na esquadra

Os três polícias guineenses acusados de torturar três activistas que participavam numa manifestação para pedir luz eléctrica em Bafatá na segunda-feira, 5, foram expulsos por despacho do ministro do Interior.

“Em conformidade com a nota de informação sobre o ocorrido na região de Bafatá, que culminou com uma prática desumana e cruel pelos agentes da Guarda Nacional contra cidadãos, o ministro de Estado, do Interior e da Ordem Pública decide expulsar os autores dessa prática bárbara”, diz a nota assinada por Botché Candé e enviada ao primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, nesta segunda-feira, 6.

Ontem, a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) condenou o que considerou “actos terroristas contra cidadãos” em Bafata, no leste do país.

Um grupo de jovens foi impedido pela polícia de ordem pública local de realizar uma manifestação pacífica, tendo três activistas sido detidos e torturados na esquadra da polícia local e de seguida humilhados na praça pública, ao serem obrigados a nadar numa poça de água suja.

A LGDH classificou a acção dos agentes uma clara “ostentação da brutalidade e de desrespeito pela dignidade da pessoa humana”.

Para a organização defensora dos direitos humanos, aquela actuação “nojenta e criminosa” das autoridades policiais de Bafatá contra cidadãos inocentes, espelha a dimensão da “ignorância e impreparação” de alguns elementos das forças de segurança para o exercício da nobre missão de manutenção da ordem e tranquilidade pública.

Hoje, a presidente do Conselho Nacional da Juventude, Aissato Forbs Djaló, condenou a violência e ameaçou “convocar uma manifestação pública da juventude em todos os quadrantes do país para exigir esse direito que está consagrado na Constituição da República da Guiné-Bissau, que é direito à manifestação”, caso não fossem tomadas medidas imediatas.

“Achamos que o Ministério Público tem que acompanhar essa situação para realmente pôr fim a esse processo de violações repetidas das forças de segurança contra a população”, concluiu Djaló.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

Duas cidades de El Salvador parcialmente cercadas por quatro mil soldados e polícia

Cerca de quatro mil soldados e polícias cercaram parcialmente duas cidades perto da capital de El Salvador, para capturar...

Militares e polícias com aumento salarial e rectroactivos desde o mês Junho

Foi a primeira medida do novo governo. Os órgãos de defesa nacional, segurança e ordem interna passam a ter...

Drama no futebol argentino: Adepto morre e 22 polícias acabam feridos

O duelo entre Independiente Rivadavia e o Vélez, desta quarta-feira, manchado por incidentes lamentáveis. Uma página sombria foi escrita, nesta...

Instituto Superior Politécnico Kangonjo expulsa mais de 10 professores por corrupção e dois alunos por conduta indecorosa

No âmbito do combate a corrupção dentro da instituição, o Instituto Superior Politécnico Kangonjo (ISKA), expulsou, durante o ano...