Governo angolano reconhece dificuldade para controlar lotação no transporte público, principalmente em Luanda. Medidas preventivas entre passageiros são vistas por ministro dos Transportes como “grande desafio”.
O ministro dos Transportes angolano, Ricardo de Abreu, disse que “há um grande desafio a nível dos transportes públicos”, particularmente em Luanda, cuja taxa de ocupação limitada passou dos 50% para os atuais 75% e “desde logo criou desafios aos operadores”.
O governante respondia esta quarta-feira (30.06) às inquietações apresentadas pelos partidos políticos na oposição sobre o “excesso de lotação” nos transportes públicos em Luanda, contrariando as regras de biossegurança, uma situação que “muitas vezes não é fácil de controlar”.
“Esse trabalho de coordenação a nível de dos transportes públicos é feito em coordenação com o Governo de Luanda, particularmente e com os órgãos de defesa e segurança, procurando evitar que haja de facto um excesso de lotação nos transportes públicos”, frisou.
“Ensardinhados”
Abreu disse que os partidos políticos podem ajudar na resolução do problema, porque poderiam trabalhar na consciencialização das pessoas a fim de evitar a circulação e mobilidade.
“O que muitas vezes não é fácil de conseguirmos controlar. É aí mais uma vez que também os partidos políticos podem ter um papel importante na limitação de circulação de pessoas evitando ao máximo à sua mobilidade”, realçou.
A inquietação sobre condição dos transportes públicos, “com passageiros quase que ensardinhados”, foi apresentada por Lázaro Kakunha, secretário-geral adjunto da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola, na oposição angolana), durante uma reunião com a Comissão Multissetorial de Prevenção e Combate à Covid-19 em Angola.
A “preocupação” foi reiterada pelos representantes da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) e do Partido de Renovação Social (PRS) ao encontro em que foi abordado.