O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, advogou esta sexta-feira, em Malanje, a necessidade de se primar pela transparência e responsabilidade na gestão da coisa pública, com vista a construção de um país onde as instituições funcionem em pleno.
Falando aos jornalistas à saída de uma audiência com o governador provincial de Malanje, Norberto dos Santos, o político, que se debruçava sobre os recentes casos de alegados desvios de fundos públicos, disse ser crucial que as instituições se complementem e fiscalizem mutuamente, argumentando que tal papel tem falhado.
Considerou que caso as instituições de fiscalização funcionasse, tais situações – de desvio de fundos públicos – não ocorriam, pelo que entende ser necessário “tirar da gaveta” as Comissões de Inquérito Parlamentar (CPI´s), para se ter um “país com funcionamento democrático regular”.
“É preciso transparência e responsabilidade, senão não temos país para construir. É preciso dizer que os dinheiros envolvidos são de tal forma volumosos que se comparam ao total dos empréstimos e fundos de assistência do FMI (Fundo Monetário Internacional) ao país”, frisou Adalberto Costa Júnior.
No seu entender, há sinais de que se está diante de falência das instituições, justificando esta afirmação com o facto de existirem pessoas que não conseguem provar, em função dos seus ganhos, a concentração de avultados valores.
Nesta perspectiva, anseia que a justiça tenha a capacidade de exercer o seu papel.
Por outro lado, descreveu a actual realidade sócio-económica do país como “difícil”, na medida em que os desafios económicos e a crise social acentuam-se.
A propósito do 49º aniversário da LIMA (Liga da Mulher Angolana), assinalado sexta-feira (18) e cujo acto central decorre hoje, sábado, nesta cidade, o líder do maior partido da oposição destacou o papel activo das mulheres nos desafios políticos e consolidação do Estado democrático e de direito.
O presidente da UNITA iniciou esta sexta-feira uma jornada de trabalho de dois dias à província de Malanje, onde vai presidir ao acto central alusivo ao 49 aniversário da LIMA, precedido de visitas à unidades hospitalares e instituições religiosas.