O moçambicano Matias Guente é um dos quatro jornalistas internacionais distinguidos, este ano, com o Prémio Internacional da Liberdade de Imprensa, foi anunciado em Nova Iorque a 15 de Junho.
Guente é editor do Canal de Moçambique, publicacão que regulamente critica a corrupção e má governação, e viu a sua redacção foi vandalizada, em 2020, por desconhecidos. Guente já foi raptado e várias vezes ameaçado por denunciar a corrupção.
O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) atribuiu igual prémio a “corajosos jornalistas da Bielorrússia (Katsiaryna Barysevich), Guatemala (Anastasia Mejía) e Myanmar (Aye Chan Naing ), que noticiaram durante um período historicamente turbulento, cobrindo protestos e turbulência política nos seus países”.
Para Joel Simon, director executivo do CPJ, “no meio de uma batalha pelo controlo da informação, estes jornalistas estão do lado do povo, cobrindo eventos, informando as comunidades, e assegurando a responsabilização”.
“Pagaram um preço, enfrentando a violência, o assédio, a repressão e a perseguição, mas recusaram-se a recuar,” acrescenta Simon.
A premiação de prestígio, que não inclui valores monetários, terá lugar a 18 de Novembro, em Nova Iorque.