A LIMA, braço feminino da UNITA, defendeu, ontem, a implementação de um serviço de saúde de qualidade e condigno, com a capacidade de dar resposta médica e medicamentosa aos utentes.
O apelo foi feito pela presidente da organização, Helena Bonguela, numa conferência de imprensa que serviu para dar a conhecer o programa de actividades alusivas ao 49º aniversário da LIMA, a assinalar-se no dia 18, sob o lema “LIMA, sim, na mobilização dos patriotas para alternância do poder”.
Segundo a presidente da organização feminina da UNITA, “não existe nenhuma unidade hospitalar no país com capacidade para responder à procura”.
“O que verificamos ao nível dos hospitais são três a quatro doentes por cama e a falta de medicamentos. Os hospitais fazem apenas o diagnóstico, passam receitas e o próprio doente se vira com o resto”, disse.
Referiu que alguns hospitais sofrem com a exiguidade de pessoal e acabam muitas vezes por recorrer ao voluntariado. Defendeu o enquadramento desses profissionais voluntários. A também deputada à Assembleia Nacional lamentou o facto de as eleições autárquicas continuarem sem data.
Línguas nacionais
Helena Bonguela defendeu, também, a introdução das línguas nacionais no sistema de ensino.
“As línguas nacionais devem ser ministradas a parti das primeiras classes. Só assim vamos conseguir trazer para Angola a sua diversidade cultural e linguística e o entrosamento dos vários grupos étnicos e linguísticos”.
Helena Bonguela informou que as comemorações do aniversário da LIMA estão a ser marcadas com a realização de várias actividades em todo o território nacional, com destaque para palestras, debates radiofónicos com temas que reflectem a vida social e económica da mulher, combate à violência doméstica e o empoderamento da mulher.
Anunciou ainda que grupos de mobilização estão a trabalhar nos municípios, comunas e aldeias para levar a “mensagem de mudança com a UNITA em 2022”, sublinhando que, em caso de vitória, “a UNITA vai governar com todos”.