O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), disse hoje estimar que o Brasil chegará ao fim de 2021 com cerca de 160 milhões de pessoas vacinadas contra a covid-19. De acordo com Mourão, o número corresponde à totalidade dos grupos prioritários na imunização contra o coronavírus.
“Naquilo que a gente espera, eu julgo plenamente [possível] que nós chegaremos ao final do ano com 150, 160 milhões de pessoas vacinadas aqui no Brasil, e consequentemente atingindo aqueles grupos todos que são prioritários e são necessários que sejam vacinados”, afirmou o vice-presidente ao participar do UOL Entrevista, conduzida pela jornalista Fabíola Cidral, apresentadora do UOL, e pelos colunistas Carla Araújo e Josias de Souza.
O Brasil chegou, ontem, a 35,3 milhões de vacinados contra a covid-19, o que correspondente a 16,68% da população do país. Os dados foram levantados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nas informações fornecidas pelas Secretarias Estaduais de Saúde.
Mourão declarou que o governo Jair Bolsonaro (sem partido) inicialmente buscou adquirir a vacina de Oxford, tanto por meio de convênio com a AstraZeneca como por meio do consórcio Covax Facility. O Brasil, no entanto, demorou para dar início à vacinação, e o presidente chegou a dar declarações que colocavam em dúvida a eficácia das vacinas.
Além da vacina de Oxford, o Brasil está utilizando a CoronaVac, proveniente de um convênio entre o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, e a Sinovac, na China. Recentemente, após negar uma série de ofertas da Pfizer, o Brasil recebeu doses desta vacina.
“O único outro país que tem uma produção realmente eficiente são os Estados Unidos, por meio da Pfizer. Agora conseguimos assinar o contrato da Pfizer, algumas vacinas já começaram a chegar, em quantidade ainda pequena. Mas, de acordo com nosso ministro da Saúde, no segundo semestre nós teremos em torno de 100 milhões de vacinas da Pfizer chegando”, declarou Mourão.