A diminuição do tráfego aéreo de e para São Tomé e Príncipe está a ter forte impacto económico no arquipélago, não só ao nível do turismo, mas também do transporte de mercadorias, caso do cacau que o país exporta tradicionalmente. A incapacidade do laboratório de referência de São Tomé e Príncipe para dar resposta ao elevado número de testes PCR estaria na origem do problema.
A TAP confirmou à RFI a redução da sua frequência de voos para São Tomé e Principe devido à incapacidade técnica do laboratório de referência do país em dar resposta ao elevado número de solicitações para testes de PCR.
Contactada pela RFI a delegada da TAP em São Tomé revelou que a frequência normal dos voos para São Tomé e Príncipe de acordo a programação da TAP serão retomados assim que forem solucionados os problemas relacionados com o volume de testes PCR.
A TAP também disse à RFI que algumas regras devem ser obedecidas no cumprimento do volume das cargas que devem ser transportadas pelas suas aeronaves.
A programação inicial da TAP para São Tomé é de quatro voos semanais, mas agora está reduzido a 1 voo por semana.
É uma situação transitória que em certa medida tem reflexos no turismo numa altura em que o país pretende retomar afluência de turistas.
Esta situação coincide com a retoma de exportação dos produtos de algumas empresas como a de produção de chocolate de Cláudio Corallo.
Esta empresa viu os seus produtos retidos em terra. Por outro lado, esta decisão ocorre também numa altura em que o país se prepara para participar na Expo Dubai que será uma das melhores montras para projectar a imagem turística do arquipélago.
Uma fonte do governo contactada pela RFI disse que estão a ser criadas condições para que o laboratório de referência venha a dar resposta aos testes PCR.