A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral-SADC- vai propor o envio de 2.916 militares para ajudar Moçambique a combater o terrorismo no norte do país.
Uma comissão técnica de peritos militares vai propor o envio de contingentes militares da região para ajudar Moçambique a combater o terrorismo em Cabo Delgado, no norte do país.
A proposta será discutida amanhã durante a reunião extraordinária do Comité Ministerial do Órgão da Política de Defesa e Segurança da SADC.
A Ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, referiu que o objectivo é avaliar a dimensão da ameaça.
“Avaliar a dimensão da ameaça (…) e ver quais são os meios com os quais poderemos agir (…) para que sejam proporcionais ao nível da ameaça”, explicou.
A equipa de avaliação da SADC propõe que sejam enviados para Moçambique dois navios de patrulha, um submarino, um avião de vigilância marítima, seis helicópteros, dois drones e quatro aviões de transporte.
De acordo com a agência de notícias Lusa, a intervenção militar da SADC na guerra em Cabo Delgado que deve estar sujeita a quatro fases, sugere ainda a missão de avaliação da organização regional.
Intervenção militar em quatro fases
Numa primeira fase será recolhida informações por terra, ar e mar, para desta forma obter informação do “inimigo”. A segunda passa pelo envio de forças especiais para a condução de operações contra alvos selecionados e eliminação da criminalidade marítima na área de operação.
A terceira fase estabelece as operações de pacificação e a quarta a retirada da força da SADC.
A assistência humanitária aos deslocados da guerra de Cabo Delgado é outra prioridade, assim como a formação das Forças Armadas de Moçambique em “inteligência militar”.
A proposta consta do relatório que a missão vai submeter à reunião extraordinária do Comité Ministerial do Órgão da Política de Defesa e Segurança da SADC, agendada para amanhã, quarta-feira, em Maputo.
O documento será igualmente analisado na Cimeira Extraordinária da Troika da SADC, marcada para sexta-feira, também na capital moçambicana.