Os Estados Unidos a colocaram Johnson&Johnson (J&J) no controlo de uma fábrica que arruinou 15 milhões de doses da sua vacina COVID-19 e impediram a farmacêutica britânica AstraZeneca Plc de usar a instalação, disse um oficial sénior de saúde, no sábado, 3.
A J&J disse que “assumia total responsabilidade” das instalações da Emergent BioSolutions, em Baltimore, reiterando que entregará 100 milhões de doses ao governo até o final de maio.
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos facilitou a mudança, disse um oficial de saúde por e-mail, pedindo para não ser identificado devido à sensibilidade do assunto.
A AstraZeneca, cuja vacina não foi aprovada nos Estados Unidos, disse que trabalhará com a administração do presidente Joe Biden para encontrar um local alternativo para produzir a sua vacina.
Funcionários da Casa Branca não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
O dado, reportado, pela primeira vez, pelo New York Times, dificulta ainda mais os esforços da AstraZeneca nos Estados Unidos, que criticou a farmacêutica por usar dados desactualizados nos resultados de seu teste de vacina. Posteriormente, o estudo foi revisto.
Trabalhadores da fábrica da Emergent BioSolutions, há várias semanas, combinaram ingredientes para as vacinas J&J e AstraZeneca, reportou a Times, no início da semana. A J&J disse na altura que o lote arruinado não havia avançado para o estágio de acabamento.
A decisão do governo de fazer com que a instalação produza apenas a vacina de dose única J&J visa evitar confusões futuras, escreve a Times, citando dois altos funcionários federais de saúde.
O principal médico de doenças infecciosas dos EUA disse à Reuters na quinta-feira que o país pode não precisar da vacina da AstraZeneca, mesmo que ela seja aprovada.
Os Estados Unidos têm acordos para enviar ao México e ao Canadá cerca de quatro milhões de doses da vacina AstraZeneca, fabricadas no país.