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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Rejeição ao governo Bolsonaro atinge recorde de 59% dos eleitores

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Rejeição ao governo Bolsonaro bate recorde de 59% dos eleitores

Proporção dos que apoiam o presidente se mantém estável, em 33%

Gestão é considerada “ruim ou péssima” por 53% dos entrevistados

As taxas de rejeição ao governo e ao trabalho do presidente Jair Bolsonaro seguem em alta, enquanto a proporção dos eleitores que apoiam o chefe do Executivo se mantém estável, na faixa de 33%.

Pesquisa realizada pelo PoderData, de 29 a 31 de março, mostra que o governo Bolsonaro é hoje rejeitado por um recorde de 59% dos eleitores. A taxa é a mais alta já registrada desde o início da pandemia.

No último levantamento, há duas semanas, o índice era de 54%. Com a margem de erro de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos, houve uma piora na aprovação do governo federal.

A aprovação era de 32% e passou agora para 33%, o que indica estabilidade.

Outro dado importante é que houve redução expressiva dos que dizem não saber responder, que são 8% hoje, e era 14% há 15 dias. Segundo analistas, isso é mais um sinal da polarização de opiniões sobre a administração de Jair Bolsonaro: ou as pessoas aprovam (33%) ou desaprovam (59%).

Foram entrevistadas 3.500 pessoas, das 27 unidades da Federação.

A avaliação negativa do trabalho de Jair Bolsonaro manteve-se estável. Os que consideram a atual gestão “ruim ou péssima” passou de 52% para 53% (oscilação dentro da margem de erro) em 15 dias. A proporção dos que avaliam o trabalho de chefe do Executivo “bom ou ótimo” somam 26% (eram 24% no levantamento anterior).

 - portal de angola
Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Defesa Fernando Azevedo demitido nesta semana<br >Photo by SERGIO LIMA AFP via Getty Images

Quem mais aprova:

os homens (41%);

quem tem de 25 a 44 anos (38%)

os que cursaram até o ensino fundamental (50%);

moradores da região Sul e Norte (38%);

quem ganha até 2 salários mínimos (42%).

Quem mais desaprova:

mulheres (64%);

quem tem de 16 a 24 anos (65%);

os moradores da região Centro-Oeste (65%);

quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (72%).

os que cursaram até o ensino superior (66%).

Condução da pandemia
A pesquisa foi realizada no período em que o Brasil bateu sucessivos recordes de casos e de mortes por covid. A média móvel de vítimas em sete dias atingiu 2.710 na terça-feira (29) – maior número desde o início da pandemia. O governo também teve nesta semana a troca de seis ministros e a demissão dos três comandantes das Forças Armadas.

O que pode aumentar a aprovação à gestão Bolsonaro é a nova rodada de pagamento do auxílio emergencial, que deve começar no dia 6 de abril.

Brasil tem recorde de mortes por Covid em 24h: 3.869
Desde o início da pandemia, 321.515 pessoas foram mortas no Brasil pelo coronavírus até quarta-feira (31). O total de casos chegou a 12.748.747, de acordo com o painel atualizado pelo Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), um sistema próprio de informações que reúne dados de contaminados e de óbitos em contagem paralela à do governo foram mortas pelo coronavírus no Brasil.

O número de vítimas registradas por dia tem batido recordes, ficando acima de 3 mil pessoas.

Os Estados Unidos são o único país com mais mortos do que o Brasil em números absolutos: 562.063 vítimas. Mas o número de novos casos e novas mortes por dia vem em forte queda.

Bolsonaro minimizou a pandemia em diversos momentos. No início da pandemia, o presidente fez um pronunciamento em rede nacional afirmando que o coronavírus é uma “gripezinha” e pediu o fim do “confinamento em massa”. Ontem, em evento no Palácio do Planalto, sem máscara, ele voltou a dizer que não adianta ficar em casa.

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