25.6 C
Loanda
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Filipe Nyusi minimiza ataque em Palma: “Não foi maior do que outros”

PARTILHAR
FONTE:DW

Uma semana depois do ataque terrorista em Palma, na província de Cabo Delgado, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, quebrou o silêncio. Analistas exigem ao Governo que peça ajuda externa para combater os insurgentes.

O chefe de Estado moçambicano falou pela primeira vez publicamente sobre o ataque terrorista à vila sede do distrito de Palma, há uma semana. Filipe Nyusi minimizou o sucedido.

“Foi mais um ataque. Não foi maior do que tantos outros que tivemos, mas tem esse impacto por ter sido na periferia dos projectos em curso naquela província”, afirmou o estadista esta quarta-feira (31.03) no posto de administrativo da Ponta d’Ouro, onde inaugurava a delegação distrital do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).

O chefe de Estado apelou à calma e serenidade dos moçambicanos, depois do ataque que ceifou a vida de dezenas de pessoas na sede do distrito de Palma. E pediu união para que o país continue no rumo do desenvolvimento.

“Não percamos o foco, não fiquemos atrapalhados. Vamos abordar o inimigo como temos estado a abordar, com alguma contundência, como as Forças de Defesa e Segurança estão a fazer, porque a falta de concentração é o que os nossos inimigos internos e externos querem. Nós temos que nos concentrar, abraçarmo-nos e avançarmos. Temos estado, segundo a segundo, a seguir o trabalho que os jovens no terreno estão a fazer.”

 - portal de angola
Borges Nhamire Apoio internacional está do lado de Moçambique<br >DR

Apoio internacional
A actuação do chefe de Estado após o mais recente ataque terrorista em Cabo Delgado não agrada a muitos moçambicanos. Além da demora no pronunciamento de Filipe Nyusi sobre Palma, as vozes críticas apontam também para o silêncio quanto às ofertas de apoio vindas da comunidade internacional para combater o terrorismo.

Para Borges Nhamire, investigador do Centro de Integridade Pública (CIP), está na hora de o Governo se abrir à ajuda externa para combater o terrorismo em Cabo Delgado.

O problema está “do lado de Moçambique, que nunca aceitou a ajuda nos termos que tinha”, frisa Nhamire, e não do lado do lado da comunidade internacional.

Após várias ofertas de ajuda ao país e com a suspensão das operações no projecto da petrolífera Total, junto a Palma, o Executivo moçambicano “fica pressionado a aceitar” o apoio, acrescenta o analista.

Desde que se iniciaram os ataques terroristas em Cabo Delgado, em 2017, mais de duas mil pessoas morreram e mais de 700 mil estão deslocadas.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

ONU confirma “fortes indícios” de violência sexual no ataque do Hamas

Quase cinco meses após o ataque do Hamas contra Israel, as Nações Unidas avançam que há "fortes indícios para...

Ataques no Iraque e na Síria e contra posições iranianas. Vem aí a resposta dos Estados Unidos

Estão decididos e identificados os primeiros alvos da resposta norte-americana ao ataque que matou três soldados na Jordânia. De acordo...

Um morto e vários feridos em ataque em escola em França

Um morto e vários feridos é, para já, o balanço de um ataque com arma branca, esta sexta-feira, numa...

Autoridades investigam falsas ameaças de bomba à Torre Eiffel

O Ministério Público (MP) francês confirmou, esta segunda-feira, à Agence France-Presse (AFP) que está a decorrer uma investigação para...