Na Guiné-Bissau, esta segunda-feira, 22 de março, um grupo de ex-Combatentes da Liberdade da Pátria recusaram levantar as suas pensões de reforma, como desafio ao governo, que descontou 500 FCFA de impostos e afirmam que nao vão pagar impostos, porque sempre trabalharam para o Estado guineense.
Na Guiné-Bissau, esta segunda-feira, 22 de março, quando foram levantar as suas pensões de reforma, os ex-Combatentes da Liberdade da Pátria recusaram-se pura simplesmente a levantar o dinheiro, discordando da intenção do governo de descontar parte do seu dinheiro correspondente aos impostos e garantem que nao vão pagar impostos, porque durante toda a vida trabalharam para o Estado guineense.
A situação chegou a conhecer momentos de tensão na secretaria de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria em Bissau.
Na terça-feira, 23 de março, quando centenas de ex-combatentes compareceram no local para levantar a sua pensão da reforma do mês de março, foram surpreendidos com o desconto de 500 francos CFA (cerca de 76 cêntimos do euro).
Simplesmente recusaram levantar o dinheiro e de imediato deram instruções aos ex-combatentes do interior do país para também não aceitarem o pagamento.
Disseram logo que não faz sentido pagar imposto profissional, imposto do selo, imposto de eletricidade quando durante toda a sua vida útil trabalharam para o Estado guineense.
Os ex-combatentes chegaram a ameaçar mesmo recorrer a outros métodos, para fazer valer o que dizem ser os seus direitos adquiridos.
Ou recebem a pensão na totalidade, a maioria recebe 40 mil francos CFA, cerca de 61 euros, ou então o dinheiro fica lá.
O secretário de Estado, Augusto Nhaga entrou em contacto com o ministro das Finanças, João Fadiá e esta quarta-feira, 24 de março, a situação foi resolvida e os ex-combatentes voltaram a receber a totalidade da sua pensão de reforma.
O Governo prometeu analisar a situação em Conselho de Ministros, para tomar uma decisão final que para os ex-combatentes só poderá ser a isenção de pagamento de quaisquer impostos.