No segundo dia da sua visita ao Iraque, o Papa Francisco e o Grande ayatollah xiita do Iraque, Ali al-Sistani, comprometeram-se a envidar esforços a favor da paz e da segurança dos cristãos do país . O sumo pontífice,que se avistou com o clérigo muçulmano em Najaf, deslocou-se em seguida para Ur, cidade natal de Abraão, profeta comumàs três grandes religiões monotéistas.
O chefe da Igreja Católica avistou-se em Najaf com o grande ayatollah xiita do Iraque, Ali al-Sistani, com realçou a necessidade de defender a paz, a segurança da comunidade cristã e das minorias,bem como a convivência entre os crentes das várias religiões existentes no país do Médio-Oriente.
Durante o encontro histórico, al-Sistani comprometeu-se a garantir a paz, a segurança, e todos os direitos constitucionais, aos cristãos do Iraque.
As repercussões do encontro foram de tal maneira importantes, que o Primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kazimi decretou o dia 6 de Março, ” Dia Nacional da Tolerância e da Co-existência”, no país.
Em Ur, cidade natal de Abraão, o pai das três religiões monotéistas, o Papa Francisco sublinhou que o Médio-Oriente deve saír dos conflitos para a unidade , em particular na Síria, país martirizado.
Francisco afirmou que os crentes de todas as religiões devem converter os instrumentros de ódio em instrumentos de paz. O papa denunciou o extremismo e o terrorismo que, segundo ele, traiem e abusam da religião.
A comunidade cristã do Iraque, uma das mais antigas do mundo, reduziu-se drasticamente, passando em 20 anos de 1,5 milhão de membros à cerca de 400.00 devido à violência e à pobreza endémicas que afecta o país do Médio-Oriente.
Também neste sábado, o Papa Francisco celebrou na Igreja de São José, no centro de Badgad,a primeira missa pública da sua viagem, perante uma congregação de fiéis e dirigentes políticos.