Criticados por monopolizar a aquisição das vacinas contra a Covid, os países do G7, decidiram contribuir financeiramente para a vacinação nas nações mais pobres. Antes da cimeira do G7, na sexta-feira, o Presidente Emmanuel Macron tinha recomendado aos países industrializados de reservar 3 a 5% das suas vacinas para a África.
Os Estados Unidos cujo Presidente, Joe Biden, realçou a necessidade de fortalecer os laços com os seus parceiros do G7 perante a afirmação da China, decidiram disponibilizar o montante de 4 mil milhões de dólares para o combate à pandemia de Covid no mundo. A soma anunciada por Biden deverá financiar parte do programa Covax das Nações Unidas.
A desigualdade flagrante entre os países ricos e pobres, em termos de vacinação anti-Covid, revelou que 45% das injecções contra o coronavírus, foram realizadas nos Estados do G7, que representam apenas 10% da população mundial.
Segundo os analistas, a maioria dos países ricos encomendaram quantidades de doses de vacinas, sem saber se estas últimas seriam eficazes. Nesse contexto, o G7 comprometeu-se a colocar à disposição da África os excedentes de vacinas.
O Presidente francês Emmanuel Macron propôs que 13 milhões de doses sejam enviadas imediatamente para a África, de forma que o continente possa vacinar numa primeira fase 6,5 milhões de pessoais médicos.
De acordo com a avaliação do Banco Mundial, mais de nove doses de vacina em cada dez foram administradas em países com rendimento elevado e intermédio superior, o equivalente, respectivamente de 92% e 53%.
Dos 29 países, de fraco rendimento, somente a Guiné-Conakry e o Ruanda iniciaram a sua campanha de vacinação .
O G7 decidiu duplicar a sua contribuição colectiva para a vacinação mundial, nomeadamente por intermédio da Organização Mundial de Saúde, com a soma de 7,5 mil milhões de dólares.