Governos provinciais acumularam dívida avaliada em mais de 600 milhões Kz à ENDE, referente à iluminação pública. Em Luanda, apenas 30% das vias estão iluminadas, numa altura em que relatos de crimes praticados ‘na escuridão’ são cada vez mais frequentes.
A dívida dos governos provinciais com a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), referente à iluminação pública, está avaliada em mais de 600 milhões de kwanzas, apurou o Novo Jornal de uma fonte da referida empresa, que controla, em todo o País, 1.024 (mil e vinte quatro) focos de rede do sistema de iluminação das vias públicas.
“De iluminação pública nada se recebe mensalmente”, revela a fonte, ilibando a ENDE de qualquer responsabilidade nos “apagões” que se verificam constantemente nas principais vias do País.
“A gestão da iluminação pública não é da responsabilidade da ENDE, está sob responsabilidade dos governos provinciais”, esclarece.
Segundo ainda o interlocutor, a dívida é de há vários anos, e a factura média mensal com a iluminação pública está orçada em mais de 20 milhões Kz. A província de Luanda representa a maior quota. Conforme calculou este semanário, cada governo provincial deveria pagar, em média, mais de um milhão de kwanzas por mês com a iluminação pública.
Ruas cada vez mais escuras
Circular à noite pelas vias do País é um autêntico desafio para automobilistas e pedestres. Para além das estradas degradadas, esburacadas e desniveladas, bem como a falta de semáforos, adiciona-se ao leque de problemas a inexistência de iluminação pública, obrigando a que automobilistas andem com as luzes dos faróis no máximo.