A Associação dos Escuteiros de Angola (AEA) está a promover, até ao dia 7 deste mês, um seminário sobre protecção da criança.
A decorrer em formato virtual Zoom, a formação abrange pontos focais das 18 províncias do país em matérias relacionadas a política mundial de adultos no escutismo, protecção da criança na perspectiva do Unicef, enquadramento da politica nacional escutista de protecção, política nacional de protecção da criança.
Os participantes vão ainda ser dotados de conhecimentos sobre a protecção da criança do abuso sexual, impacto psicológico e emocional da marginalização da criança, os diferentes tipos de protecção da criança contra acidentes.
A AEA espera, com o evento em causa, que os formandos estejam habilitados a explorar os elementos que constituem a política de protecção das crianças no escutismo, que saibam identificar casos de necessidades de intervenção e fluxogramas de acções, bem como a activação dos intervenientes necessários e manter às crianças das diferentes estruturas regionais livres de perigos tais como assédio sexual, exposição ao consumo de álcool e drogas, bullying, raptos e marginalização social, entre outros riscos.
A associação propõe-se contribuir para eliminar ou reduzir o potencial de danos ou riscos contra às crianças na comunidade e estimular à sociedade a participar dos esforços globais e nacional sobre a protecção e desenvolvimento da criança.
“Este compromisso enfatiza, igualmente, a mudança de percepções e práticas culturais ao trabalhar com crianças e jovens, com base na adopção de práticas normativas susceptíveis de garantir o crescimento harmonioso da criança e dos jovens sobretudo num Estado democrático e de direitos”, segundo documento da AEA chegado à ANGOP.
A acção formativa, avança, surge como resposta a uma das recomendações da Conferência Mundial Escutista de 2002, que aprovou e adoptou uma resolução sobre a “Manutenção do Escutismo Livre de Perigo”.
Com a referida resolução, o movimento escutista mundial e nacional passa a dedicar especial atenção, nos seus programas de trabalhos, a questões relacionadas com à protecção da criança e dos jovens, mediante a implementação de uma política de protecção, inspiradas nos valores do escutismo e articulada com as iniciativas dos governos de cada país.
Para o caso angolano, além da adopção de instrumentos legais vinculados na Constituição da República sobre os direitos das crianças, a AEA vai incorporar no seu plano de trabalho os fundamentos dos 11 compromissos com a criança adoptados em 2007 e revisados em 2011, pelo Estado Angolano.