O barril de petróleo Brent, referências às exportações de Angola, negociou, em sessões da última semana, nos 57,42 dólares, preço que reflecte optimismo do mercado com o contexto político norte-americano e uma equilibrada oferta resultante das posições da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os parceiros fora do grupo, liderados pela Rússia.
Apesar de o preço de 57 dólares não ter sido o do fecho da sessão diária, ainda assim, os analistas da “Investing.com” e outros especialistas do mercado consideram uma brilhante recuperação em 22 dias, se se tomar em consideração o preço de 51,09 com que se iniciou as negociações do mês.
Última sessão
O fecho da sessão de sexta-feira, 22, foi nos 55,41 dólares, depois de uma abertura de 56,00 e um máximo diário de 56,03 dólares.
Ao longo do mês, o preço mínimo de 51,09 dólares no fecho das negociações, no mercado de Londres, valorizaram o máximo de 56,10 dólares, uma vez que o sobe e desce, que justificou o pico nos 57 dólares ainda é expectativa de voltar a verificar-se ao longo destes últimos dias de Janeiro em que se realizam as encomendas para entregas de Março.
Segundo opiniões de analistas e correctores do mercado, existe uma forte possibilidade de os preços do Brent virem a atingir os 60 dólares por barril, aliás, este é o preço de defesa dos produtores.
Para tornar possível os cenários desenhados, a OPEP mantém o compromisso de restringir a oferta do crude, embora, no último encontro deste mês, permitiu que dois operadores fora do cartel fizessem ajustes na oferta.
O quadro macroeconómico para 2021 apresenta como pressuposto um preço médio do barril de petróleo de 39 dólares, uma taxa de inflação acumulada anual de 18,27 por cento e uma taxa de crescimento do produto não petrolífero de 2,1 por cento, enquanto o sector petrolífero continuará a experimentar o declínio de actividade, com uma taxa de crescimento negativa de 6,2 por cento.