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Domingo, Novembro 24, 2024

Petro de Luanda supera Nkana FC e garante qualificação com golo vindo do banco

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O Petro de Luanda precisou, nesta quarta-feira, de suar às estopinhas para vencer, por 1-0, o Nkana FC da Zâmbia, e garantir o “passaporte” para a fase de grupos da Liga dos Campeões.

O único golo do jogo, rubricado pelo brasileiro Tony, aos 78 minutos, quatro minutos depois de ter rendido Yano, no ataque, além de confirmar a qualificação, libertou os tricolores de uma intensa pressão a que foi submetido pelo adversário durante quase todo o jogo.

A verdade é que o embaixador angolano não fez um grande jogo. Muito longe disso. Esteve durante longos períodos da partida a tentar desenvencilhar-se de um adversário que veio com a lição muito bem estudada, e sempre acreditou que também podia fazer um golo e empurrar a decisão da eliminatória até às últimas consequências.

Foi um jogo de futebol pobre, de qualidade inferior, com os primeiros 45 minutos tristes, sem sabor, mas que mostrou uma equipa zambiana muito destemida. Enquanto isso, os tricolores, talvez adormecidos pela vantagem proporcionada pelo jogo da primeira mão, em casa do adversário, mostravam-se pouco esclarecidos.

Colocavam poucos jogadores no ataque e espelhava menor pendor ofensivo, por isso, revelavam falta de clarividência no último terço do terreno. Job demorava a desfazer-se da bola, Yano e Além apareciam só a espaços e não conseguiam dar sequência positiva a uma única jogada.

O Nkana apostava num futebol de pressão alta, atitude que lhe proporcionou ocasiões para marcar mal aproveitadas. O conjunto zambiano descartou o espartilho defensivo, subiu linhas, pressionou muito os tricolores, surpreendentemente, e por pouco não ‘mataram’ cedo o jogo, e tornarem o sonho angolano num pesadelo, sem ter um “sobrevivente” na ‘champions’ da CAF.

Segunda parte de nervos

O cenário piorou para o Petro na segunda parte. A capacidade que teve o Nkana de manter o relvado equilibrado, e apresentar sempre uma “pronta-resposta aos insultos” dos donos da casa, esteve em evidência aos 64 minutos, numa jogada que obrigou António Dominique a aplicar-se e mostrar trabalho.

O desafio não expressou uma exibição maiúscula dos tricolores, mas que retratou, acima de tudo, uma abordagem ousada dos zambianos. E tudo deveu-se à pressão sufocante exercida pelos forasteiros e, também (não se pode escamotear isso) pela falta de soluções na organização do seu jogo ofensivo.

Yano ainda dispôs, aos 62 minutos, da melhor ocasião para marcar nesse período. Bem servido por Além, o avançado ganhou terrenos e viu-se em zona privilegiada para visar a baliza contrária, mas rematou disparatado para longe do alcance das redes do Nkana.

Os desperdícios provocavam um ataque de nervos ao técnico Toni Cosano, que teve de repensar o jogo ofensivo. Justiça lhe seja feita, foi lesto o treinador espanhol ao colocar Tony em campo, retirando Yano do jogo, já que o brasileiro teve nos pés o golo que ajudou a salvar os tricolores, e o futebol angolano, de mais uma eventual surpresa amarga.

Perante a pobreza atacante, Tony acabou por ser o “Ás de trunfo” que ajudou a resolver a eliminatória a favor dos angolanos, num desafio que se apresentava bastante complicado para os tricolores.

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