O empate a uma bola trazido do jogo da primeira-mão, em Brazzaville, foi determinante para o FC Bravos do Maquis garantir presença na segunda eliminatória de acesso à fase de grupos da Taça da Confederação.
Ontem, no estádio dos Coqueiros, os maquisardes de Zeca Amaral, embora não tenham alcançado a almejada vitória sobre o Étoile do Congo, fizeram o suficiente para não sofrer golos no desafio de resposta.
Os maquisardes, fruto do empate a zero bolas no duelo da segunda-mão, garantiram passagem à outra fase da competição em dose dupla. Ou seja, para além de não terem perdido nos dois jogos, eliminaram um histórico do futebol africano.
Porém, Dabanda, aos 4 minutos, teve a “bota furada” na hora da finalização. O susto provocado pelo Maquis fez com que os congoleses baixassem as linhas, pois o receio de voltarem a sofrer um tento, como aconteceu em Brazzaville, era enorme.
A estratégia adoptada pelo técnico do Étoile teve um propósito: apanhar o Maquis em contra-ataque, pois ao povoar o meio-campo, o treinador congolês pretendia surpreender a equipa angolana que apresentava pouca consistência na defesa. Com isso, ganhou a equipa do Congo que passou a ter mais posse de bola.
Sabendo do perigo que corria, o Maquis tudo fez para afastar a pressão a que estava submetido. Aos 24 minutos, por exemplo, Dabanda voltou a incomodar o último reduto do Étoile, mas o remate foi fraco.
A falta de objectividade dos maquisardes permitiu aos congoleses assumirem as rédeas do desafio. Os médios Onzane e Ngoiabá protagonizavam jogadas que alimentavam constantemente o avançado Concó. Este, por sua vez, criava imensas dificuldades aos defesas angolanos.
A falta de jogos que o FC Bravos do Maquis atravessa, este foi o segundo oficial da época, foi visível na partida de ontem, pois o plantel às ordens de Zeca Amaral mostrou falta de ritmo competitivo.
Ainda assim, os maquisardes, no minuto 37, voltaram a chegar à baliza adversária, mas, como em outras ocasiões, sem grande perigo. Já do lado do Étoile, Concó desperdiçou a melhor oportunidade para tirar o primeiro zero do marcador.
A segunda parte do jogo foi melhor para o Maquis. As substituições operadas pelo técnico Zeca Amaral mexeram com a forma de jogar da equipa. Aos 75 minutos, Wiwi livrou-se de três adversários, serviu Sidney no centro da grande área, mas este rematou por cima do travessão, numa altura em que se notava um Bravos do Maquis mais interventivo, principalmente nas laterais.