26.8 C
Loanda
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Ministro do Interior exorta Polícia a evitar excessos

PARTILHAR
FONTE:JA

O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, apelou, ontem, aos efectivos da Polícia Nacional a evitarem excessos durante a sua actuação.

Ao discursar na abertura do Conselho Consultivo Alargado do Ministério do Interior, que decorre até sexta-feira, Eugénio Laborinho disse que entre “a ordem suportável e a desordem insuportável”, como a que se assistiu nas duas últimas manifestações, em Luanda, há que actuar com equilíbrio, proporcionalidade e sempre com base na Constituição e na lei vigente.
Acrescentou que as manifestações têm cobertura constitucional, mas devem obedecer à lei, devendo serem realizadas de forma pacífica, o que não ocorreu nos últimos dias.

Eugénio Laborinho referiu que o comportamento “dissimulado” dos organizadores das manifestações deve merecer a atenção do Ministério do Interior. “Quem escreve para o Governo da província alegando que se vai manifestar de forma pacífica e, na sequência, promete tomar o poder, destruir a estátua do Presidente fundador da Nação, António Agostinho Neto, proclamar uma nova independência nacional, demonstra desrespeito aos princípios da democracia e evidencia tendência de alcance do poder por via anti-constitucional”, sublinhou.

O ministro considerou que a actividade de manutenção da ordem durante o exercício do direito de reunião e manifestação tem como rosto visível a Polícia Nacional, mas que, pela natureza do trabalho, deve envolver outros sectores do Ministério do Interior, como o Serviço de Investigação Criminal.

O SIC deve, durante e depois das manifestações, identificar os cidadãos que, no exercício do seu direito de manifestação, colocam em causa direitos de outrem, nomeadamente, o direito à propriedade privada e o de livre circulação.

Eugénio Laborinho lembrou que o Executivo tem estado a implementar um conjunto de reformas económicas e financeiras, com vista a corrigir uma série de falhas que o sistema económico apresenta, de forma a contribuir para a melhoria das condições de vida dos cidadãos.

Alguns sectores da sociedade, disse, têm estado a entender mal a carestia de vida, própria das reformas em curso, e lideram os movimentos contestatários que têm realizado, nos últimos tempos, algumas manifestações à margem da Lei, perigando a vida de outras pessoas com os ajuntamentos, que favorecem a propagação da Covid-19.

Segundo o ministro, a Polícia Nacional tem feito a sua parte, nos termos da Constituição e da Lei, cumprindo, fielmente, as determinações administrativas que orientam o sentido de actuação da Polícia em qualquer parte do mundo.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

Haja Homem!

Por: Reginaldo Silva (Jornalista) Em qualquer geografia do mundo mais politicamente consolidada do ponto de vista democrático, entenda-se democracia...

Comandante quer relação polícia/cidadão mais estreita

O sucesso da actividade policial depende da actualização profissional dos efectivos, com o propósito de fortalecer a relação polícia/cidadão,...

Ministério Público recebe comunicação da PSP sobre protesto no Capitólio

Milhares de agentes da PSP e da GNR manifestaram-se na noite de segunda-feira em Lisboa. O protesto aconteceu no...

O chocante caso de homem que abusou de mais de 100 corpos em hospitais britânicos

Um inquérito concluído pela polícia britânica confirmou que o funcionário David Fuller abusava de cadáveres nos hospitais onde trabalhou...